Autor
(a): Becky Chambers
Editora:
DarkSide Books
Ano:
2017
Nota:
5/5
Sinopse:
‘Você nem imagina os mistérios que existem do outro lado do Universo. Se tiver
coragem de desbravá-los, é melhor se preparar. Essa não será uma jornada rápida
e os perigos podem surgir a cada momento, de onde menos se espera. A boa
notícia é que você não estará sozinho. A tripulação da nave espacial,
Andarilha, é composta por indivíduos de espécies, gêneros e planetas
diferentes, incluindo um médico de gênero fluido, que transita entre o
masculino e o feminino ao longo da vida e uma estagiária nascida nas colônias
de Marte, uma piloto reptiliana. Temas como amizade, força feminina, novos
conceitos de família, poliamor e racismo fazem parte do universo do livro,
assim como cada vez mais fazem parte do nosso mundo. Essa nave e sua
tripulação tem a missão de construir um túnel espacial que permitirá ao pequeno
planeta do título participar de uma aliança galáctica.’
“Do chão, nós nos erguemos;
Nas nossas naves, vivemos;
Nas estrelas, sonhamos.
Provérbio Exodoniano”
A nave Andarilha, é uma nave perfuradora
de tuneis especiais, ou seja, cria buracos no universo, assim cria caminhos mais
curtos para a locomoção das civilizações e aproximas novos povos, planetas e
comunidades. A nave é comandada pelo Capitão Ashby Santoro e a tripulação é
composta pelo algagista Corbin, a técnica em mecânica Kizzy, o técnico em
computação Jenks, a cozinha é comandada pelo Dr. Chef que também cuida da enfermaria,
pela Sissix a piloto da Andarilha, o Ohan uma espécie de oráculo, especialista
em travessias, mais especificamente na construção dos tuneis e tem a Lovey, a
A.I. da nave... e completando a tripulação tem a novata Rosemary, a
guarda-livros.
Cada tripulante vem de uma parte do
espaço, tem humanos de Marte, tem uma Aandriskana, tem o Grum que é uma ‘espécie’
ameaçada de extinção. Mesmo com toda diferença eles são uma família, mesmo
tendo seus desentendimentos, eles estão sempre juntos.
A nave Andarilha é praticamente uma
sucata, cheia de remendos e partes que não combinam, mas que funcionam super
bem, muito parecida com a sua tripulação, muitas diferenças, mas juntas formam
algo novo, algo que funciona em união.
“Os sentimentos são relativos. No fundo,
são todos iguais, mesmo que venham de experiências distintas e existam em
intensidades diferentes.”
Cada tripulante da Andarilha tem sua
função, seus sonhos e suas historias que aos poucos vamos conhecendo. Com a ida
de Rosemary para a nave, ela foi busca um novo caminho. A superação do Dr.
Cheff, que precisou superar uma Guerra para ser um ser mais visão de mundo e de
pessoas.
Temos a piloto Sissix, uma Aandriskana,
que em vez de ter pais, tem varias famílias, a família do ninho, a de criação e
adulta, a qual ela escolheu a tripulação da Andarilha.
São tantos personagens que é impossível falar
apenas de um, pois mesmo sendo tantos, cada um tem sua função na nave e na
historia, cada um com características fantásticas, que aos poucos vamos conhecendo
cada um e entendo o que os levou ate a Andarilha.
Após a chegada de Rosemary a Andarilha o
Capitão Ashby, aceita uma missão de estrema importância para CG (Comunidade Galáctica),
fazer um túnel ligando o centro da CG a um pequeno planeta, este que sempre se
manteve fora da CG, que vivem seu próprios modos e leis, seguindo pouquíssimas ou
quase nenhuma das leis da CG.
É nessa missão que os tripulantes da
Andarilha terão que serem fortes e confiar um no outro, pois qualquer erro, ou
falha tudo que lutaram estará perdido para sempre.
“Tudo o que você deve fazer é trabalhar
para ser uma força positiva.”
Admito que li esse livro com muita expectativa,
pois li muito poucos livro com essa temática ficção científica, e o que mais me
chamou atenção foi essa capa fantástica! E fiquei bem intrigada com a sinopse.
A muitas coisas boas a se falar desse
livro, a forma com a Becky Chambers, aborda vários temas conflituosos de forma
simples, a questão das diferenças, entre pessoas e espécies, a formação de família
a questão do amor. São tantas questões, mas que no final nenhuma se mistura ao
outro ao ponto de inferir, mas sim em agregar, juntar tudo em uma família.
Outro ponto positivo e a questão da
narração da historia, que passar por vários personagens e momentos diferentes,
o que nos da uma visão mais ampla dos acontecimentos e nos proporciona a
oportunidade de esta na cabeça dos personagens.
Esse não é um livro cheio de aventuras e
ação, o foco esta mais nas relações entre as pessoas, na construção delas. Tanto
que a explicação de como é feita a perfuração é bem simples com poucos
detalhes.
O bom do livro é a forma como a autora
termina a historia, ela realmente da um final a historia, mas deixa alguns
pontos em aberto, dando a possibilidade de novas historias.
A Longa Viajem a um Pequeno Planeta Hostil,
é bem mais que um livro de ficção científica, é um livro sobre pessoas, relacionamentos
e sobre aceitar as diferenças.
“Não havia nada no universo que pudesse
durar para sempre. Nem as estrelas. Nem a matéria. Nada”.
Esta resenha faz parte da Maratona Literáriade Carnaval 2018 ‘As Avessas’ #maratonaliterariadecarnavalasavessas
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